Na lonjura do horizonte a busca etérea da luminosidade espiritual...da doçura do sonho às agruras da realidade.Palavras e imagens que, devagar, divagam entre ignotas luzes, sombras e penumbras, de ciclos de vidas incertas e perdidas na voragem do tempo
Estamos no mês de Maio que desde miúdo concebi como mês de flores. Além de ser o mês dedicado ao coração, é ainda, como sabemos o dia em que o primeiro Domingo é dedicado à Mãe. Felizmente ainda a tenho, bem como a mãe dos meus filhos e uma filha que é mãe duma linda e traquina menina. Enfim, seja Maio ou não, sou um felizardo...e não me queixo.
Mas afinal em que é diferente este dos outros meses? Concerteza muitas diferenças essenciais, mas não passa de um duodécimo de qualquer ano. Pode ter flores, muitas mães enleadas e comovidas, muitos corações sadios e até doentes, mas continuará a ser mais um mês dentre doze de cada ano que vivemos. Ninguém poderá, todavia, desligar-nos emocionalmente de um determinado mês dum ciclo anual, e ninguém poderá desdizer a beleza que cada um de nós encontra em determinado mês...das nossas preferências.
Há quem goste de Dezembro...Natal, neve, passagem de ano, etc., mas que diferença fará de Maio? Ambos são belos, cada um de sua forma própria.
Apesar de tudo ninguém poderá tirar a beleza a este Maio que nos envolve, e quem ama Maio adora a vida, não só pelas flores, corações ou simbologia de maternidade.
Maio será sempre Maio, com bons, belos, maus e horrorosos acontecimentos, mas não perderá a sua essência por tão antagónicos eventos no seu decurso de trinta e um dias de vinte e quatro horas cada...verdade inegável e evidentíssima!
A nossa vida, afinal, é feita de muitos Maios, e quantos mais nós virmos, ano a ano, florir, mais longa, e quiçá feliz, será essa nossa vida.